MONIQUE BASTOS AFIRMA
QUE TREINAMENTOS DE JIU-JÍTSU DESDE A INFÂNCIA AJUDARAM A TOMAR DECISÃO NO
MOMENTO DELICADO E MIRA VAGA NO ULTIMATE: "SONHO DE TODO ATLETA"
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(Foto: Reprodução/YouTube) |
Com a violência cada
vez mais inserida no cotidiano das cidades brasileiras, uma orientação aparece
com mais frequência: não se deve reagir a um assalto.
Contudo, uma maranhense
não só tomou uma atitude em uma situação delicada, como virou sensação na internet.
Monique Bastos teve o celular roubado nesta terça-feira, mas conseguiu
imobilizar um dos assaltantes com um triângulo digno de "bônus da
noite".
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O golpe |
A jovem de 23 anos,
natural de Açailândia, no Maranhão, treina jiu-jítsu na Granola Bronx Gold
Team, afiliada da Bronx Gold Team, de Charles do Bronx. Apaixonada pelo MMA,
começou a se dedicar há aproximadamente sete anos.
A confiança adquirida nos
treinamentos fez com que a lutadora percebesse o momento ideal para derrubar um
dos homens e aplicar um mata-leão, seguido de um triângulo.
- Estávamos indo
treinar, eu e duas amigas, quase perto da academia. Eu estava com celular da
minha prima na mão, dois rapazes vieram encostando. Um deles puxou o celular,
tentei pegar de volta e não consegui. Iam arrancar a moto, mas eu suspendi a
traseira e derrubei os dois.
Antes de fazer isso tudo eu vi que eles não
estavam armados, por isso deu tempo. O que roubou o celular conseguiu correr e
o que estava pilotando ficou desconcertado. Eu dei um mata-leão nele, tirei ele
do meio da rua, coloquei na calçada, deitei e apliquei o triângulo. Fui me
defender.
Vi que no momento dava para reagir porque ele não tinha nada em mãos,
e deu um bom resultado. Ele ficou quietinho lá, tentou sair algumas vezes,
machucou minha perna, e eu falei que se me machucasse de novo eu iria apagar
ele. Aí ele ficou desesperado, gritando mãe, pai, Jesus.
Todos queriam
fazer algo com ele, eu não deixei. Poderia até ter deixado, mas não achei que
era o certo - disse Monique em entrevista por telefone ao Combate.com.
Após imobilizar o
assaltante por cerca de 15 minutos, Monique aguardou a chegada da polícia, mas
não teve o celular devolvido. A boa notícia é que o homem que conseguiu escapar
da lutadora já foi identificado.
O caso teve grande
repercussão nacional e o telefone de Monique não parou na manhã desta
quarta-feira. Tímida, mas bem-humorada, a lutadora destacou que o sonho é
chegar ao UFC e se juntar a nomes como Ronda Rousey, Claudinha Gadelha e Amanda
Nunes, ícones femininos da organização. Como profissional foram poucas lutas -
Monique não soube precisar o número exato -, mas a confiança de um caminho
vitorioso dentro do esporte é grande.
- Muita gente
ligou, mandou mensagem no Face, no Instagram, de todos os modos. Várias TVs
ligaram, não sei muito bem como lidar com isso, até porque sou muito tímida.
Mas estou me saindo bem, estou tranquila (risos).
Eu só me defendi, né? Não
tenho muito o que falar. Minha paixão é o MMA, quero seguir nessa profissão. Se
eu não estou enganada é isso mesmo. Ttenho algumas lutas, vitórias, derrotas.
Mas quero chegar lá sem desistir. É o sonho de todo atleta, chegar no UFC. Sou
lutadora e quero chegar lá, sim.
Por: Igor Rodrigues,
estagiário sob supervisão de Marcelo Russio
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